quinta-feira, 10 de maio de 2012

Bingos são alvos de investigações 10/05/2012

Em uma semana, a Polícia Civil fechou três bingos clandestinos em Santa Cruz do Sul. No final da noite de sexta-feira, mais uma operação da Delegacia Especializada de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) resultou no fechamento de uma casa de jogos no Bairro Schulz. No local foram flagrados dezenas de apostadores e encontrados quase R$ 2 mil em apostas.
O mesmo bingo já tinha sido fechado há uma semana em outra ação da Polícia Civil, mas voltou à atividade em poucos dias. “Percebemos aqui muitas pessoas apostando, principalmente mulheres idosas. O nosso objetivo é aniquilar qualquer tipo de jogatina no município”, afirma o titular da Defrec, delegado Luciano Menezes.
No local, muitos apostadores se disseram surpresos com o fato de a polícia interceptar o bingo. “Nós não buscamos as pessoas para jogar, elas vêm porque querem. É uma forma de diversão”, alegou uma das proprietárias do bingo clandestino que funcionava em um salão na Rua Farroupilha. Para o delegado, uma das principais preocupações é com o endividamento dos apostadores. “Algumas pessoas acreditam que este é um trabalho que a polícia não deveria fazer, já que existe uma perspectiva de legalização em nível nacional. Mas nós ouvimos constantes relatos de pessoas que viram familiares vendendo as coisas de dentro de casa ou fazendo empréstimos para sustentar esse vício”, diz Menezes.
Segundo uma das proprietárias, as apostas variam de valor. “Tem aqueles que chegam aqui com R$ 50,00, mas tem outros que apostam até R$ 1 mil”, conta a mulher. Para a polícia, a grande procura por parte dos apostadores é um dos fatores que incentiva os exploradores de jogos de azar a abrirem novos bingos, mesmo com o cerco da polícia. “A procura é muito grande e as casas chegam a faturar entre R$ 100 mil e R$ 150 mil ao mês”, afirma o delegado.
O fato de a exploração de jogos de azar ser considerada crime de menor potencial ofensivo também é um dos fatores que dificulta o combate desse tipo de atividade. “Nós fechamos o bingo hoje e o proprietário reabre em poucos dias. Mas se chegar ao nosso conhecimento que este tipo de jogatina continua vamos fechar os bingos quantas vezes for preciso”, afirma.
A LEI
Conforme a Lei das Contravenções Penais, é ilegal estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar público ou acessível ao público, mediante o pagamento de entrada ou sem.

Quem for flagrado neste tipo de atividade está sujeito à pena de prisão simples, de três meses a um ano, e multa, estendendo-se os efeitos da condenação à perda dos móveis e objetos de decoração do local.

A pena é aumentada de um terço, se existe entre os empregados ou participa do jogo pessoa menor de 18 anos. Incorre na pena de multa quem é encontrado participando do jogo, como ponteiro ou apostador.

Consideram-se jogos de azar o jogo em que o ganho e a perda dependem exclusiva ou principalmente da sorte, as apostas sobre corrida de cavalos fora de hipódromo ou local autorizado e as apostas sobre qualquer outra competição esportiva.
A apreensão
Quando a equipe chegou ao local, na Rua Farroupilha, no Bairro Schulz, dezenas de pessoas estavam realizando apostas.
Foram apreendidos cerca de R$ 2 mil em dinheiro e cheques das apostas, cartelas utilizadas para o jogo, 36 computadores, 27 CPUs e 35 cadeiras.
Uma mulher foi identificada como proprietária do bingo. Ela foi conduzida à Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) para prestar esclarecimentos e deve responder por exploração de jogos de azar. Fonte: Gazeta do Sul

ENQUANTO ISTO EM LAS VEGAS!!!!!!!

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