segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Polícia descobre bingo clandestino em bairro nobre de São Paulo - 25/11/2013

Oito pessoas, cinco funcionários e três apostadores foram detidos durante uma ação da Polícia Militar que descobriu um bingo clandestino, que estava em atividade em um prédio de três andares no Jardim Paulista, um bairro nobre de São Paulo.

A ação da PM aconteceu na noite deste domingo (24), após um segurança indicar o local onde funcionava o bingo. Os detidos foram ouvidos, liberados e serão investigados por envolvimento em jogos de azar.
Os agentes encontraram anotações com valores arrecadados e prêmios distribuídos, além de 97 máquinas de vídeo bingo.
Fonte: R7

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Mercado de jogos do Brasil equivale a dois Galeões e um Campo de Libra em faturamento 22/11/2013

O Governo está comemorando o resultado do leilão do Galeão vencido na manhã desta sexta-feira(22) pela operadora do melhor aeroporto do mundo, de Cingapura. O consórcio Aeroportos do Futuro, liderado pela Odebrecht em parceria com a Changi, de Cingapura, venceu o leilão de privatização do aeroporto do Galeão com lance de R$ 19.018.888.000,00 bilhões, ágio de 294% em relação ao valor mínimo estabelecido de R$ 4,828 bilhões. O valor que será pago pelo Galeão também supera o leilão do Campo de Libra, no pré-sal, leiloado mês passado por R$ 15 bilhões.

Comentário Magnho José

Este valor é similar ao mesmo que o jogo ilegal movimenta anualmente no Brasil com cerca de R$ 18,9 bilhões, segundo estudo apresentado pelo BNL durante o BgC 2013.

Caso o governo decida regulamentar o bingo, videobingo, jogo do bicho, cassino (físico e online) e apostas esportivas o potencial do mercado é de R$ 60 bilhões.
Portanto, o jogo legal poderia representar dois Galeões e um Campo de Libra em arrecadação para o governo, mas a diferença é que estes valores seriam anualmente e não de 20 e 20 anos como foi o caso destas privatizações.
Fonte: BNL

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

"A única e verdadeira alternativa é regular solidamente os jogos" 20/11/2013

Ney Carvalho introduziu o painel com várias e interessantes referências históricas sobre o jogo no Brasil e criticou a ausência de autoridades e dos reguladores do jogo no Brasil.

“Fui corretor de Bolsa no Rio de Janeiro por 30 anos e, desde meados de 1990, me dedico a estudar e escrever sobre a história dos negócios no Brasil.

Nessa caminhada pesquisei muito as raízes do jogo em nosso país, e as encontrei profundamente entranhadas na alma brasileira, desde os primórdios da colônia. Tenho até um pequeno livro não publicado sobre o tema.

O Governador Geral Mem de Sá, quando chegou à Bahia, em 1557, encontrou os habitantes da cidade de Salvador mergulhados em atividades lúdicas, quer dizer, em jogo.

Poucos sabem, mas a primeira providência de D. João VI, ao migrar com sua corte, em 1808, foi estabelecer o monopólio estatal da fabricação de baralhos, antes mesmo da fundação do Banco do Brasil, tal a importância do jogo na economia local.

O Código Criminal do Império outorgava aos municípios a permissão, ou não, de jogos de azar em suas áreas.

As corridas de cavalos sempre atraíram jogo e apostadores. A grande incentivadora do esporte em São Paulo, na década de 1860, era a famosa Marquesa de Santos, que recolhia pessoalmente, em dinheiro, as apostas feitas pelos cidadãos comuns.

No Rio de Janeiro, em fins do Século XIX, funcionavam simultaneamente quatro hipódromos. Fora deles o jogo era bancado por bookmakers legalizados, tanto quanto os londrinos de hoje em dia. O mesmo fenômeno se repetia em Porto Alegre, onde quatro prados de corridas competiam entre si.

O código penal de 1890 criminalizava a chamada tavolagem, ou seja, a retirada, em casas particulares, do percentual denominado barato. Mas o jogo seguia permitido em clubes, associações recreativas e, mais tarde cassinos.

O jogo e as apostas sempre estiveram presentes nas tradições, costumes, hábitos e divertimentos da população do país, mesmo quando reprimidos, ou considerados ilegais. E a aceitação social do jogo do bicho é a prova cabal dessa prática.

A proibição do jogo, em 1946, penúltimo ato de uma detestável ditadura fascista, foi um atentado vil à liberdade econômica no país.

Desde então o Brasil debate a opção entre proibir e liberar o jogo. Trata-se de uma falsa escolha. A única e verdadeira alternativa é regular, solidamente, a hipótese. E permitir, tanto quanto em outras dezenas e dezenas de nações, mais e menos desenvolvidas do que nós, a existência de diversões lúdicas controladas pelo poder público. Sob este aspecto, nas Américas, o Brasil vive uma triste solidão, acompanhada por Cuba. É para tentar reverter tal situação que estamos reunidos neste congresso e neste painel.



Vale um registro. A virtual ausência de elementos dos poderes federais e ministério público e, principalmente, de um representante da Secretaria de Acompanhamento Econômico – SEAE do Ministério da Fazenda, que ficarão sem conhecer as vitoriosas experiências internacionais de regulação a que estamos assistindo. Assim, o governo e o país estariam mais bem preparados para enfrentar o dilema de regular o jogo no Brasil. Afinal de contas, replicando as palavras de ontem [segunda-feira, dia 18] do Magnho, está mais do que na hora do Brasil tirar o jogo das páginas policiais e passá-lo à editoria de economia dos grandes jornais”, Ney Carvalho.
fonte: BNL

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