A reportagem abaixo sob o título 'Novas formas de caçar níqueis', veiculada pelo jornal Extra do Rio de Janeiro, comprova a capacidade de adaptação dos ‘empreendedores’ as medidas impostas pelo poder público. Além disso, a matéria do jornal carioca também mostra que os órgãos coatores estão enxugando gelo no combate ao jogo ilegal e que esta atividade legalizada renderia recursos extras, que poderiam ser aplicados na saúde.
Conversando na semana passada com um especialista, que conhece muito bem o mercado legal e ilegal, chegamos a conclusão que pelas apreensões e pelos relatos de empresários, o Brasil tem hoje cerca de 200 mil máquinas de caça-níqueis e videobingos ilegais em operação. Este número é totalmente factível, pois representaria uma média de 7.692 máquinas por cada um dos 26 estados brasileiros. Claro que a concentração maior destes equipamentos é observada em em São Paulo , Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Espírito Santo.
Números não mentem...
Vamos fazer umas continhas para ver o que o Estado está perdendo para a clandestinidade.
Se temos 200 mil máquinas ilegais em operação e se cada equipamento vende uma média de R$ 40,00 por dia em apostas, o Estado perde para os ‘empreendedores’ R$ 2,880 bilhões por ano.
A conta é simples: 200.000 máquinas x R$ 40,00 média de apostas = R$ 8.000.000,00 por dia x 30 dias = R$ 240.000.000,00 por mês x 12 meses = R$ 2.880.000.000,00 por ano.
Como existe demanda de apostadores e o Estado abre mão desta verba extra, este dinheiro vai parar nas mãos dos ‘empreendedores’, que usam parte destes recursos para beneficiar políticos ‘corruptos’, policiais ‘corruptos’, juízes ‘corruptos’, delegados ‘corruptos’, com propinas originárias destes jogos clandestinos.
Somente a legalização atrairá para este setor empresas e empresários sérios e com tecnologia moderna e segura para combater o jogo ilegal.
Fonte: BNL
Com certeza os numero nao mentem. Não creio que haja interesse das autoridades em legalizar, eles preferem que continue dessa forma. Todos sabem onde estao os saloes de jogos clandestinos, e não é so ruim para o Estado, como tambem para quem gosta de jogar. Não há fiscalização, as máquinas são "viciadas", não há quem ganhe um acumulado nessas jogatinas. Existe o cerceamento da polícia de vez em quando, intimidando os jogadores e fingindo que prendem os "donos", uma semana depois o salao continua funcionando. E assim o Estado perde dinheiro e autoridades desonestas enchem as burras de dinheiro ilegal. E aqueles que gostam de jogar continuam perdendo. Sempre perdendo. Não pra quem reclamar. Quando se vai a um hotel casino em Vegas, ao fazer o check-out há formulários perguntando como o apostador se saiu no jogo. Se as slot machines estavam pagando bem ou não. As pessoas perdem no jogo, mas tem a sensação de que havia honestidade, já na cladestinidade se perde duas vezes. Sem contar com o medo de ser achacado por uma autoridade.
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