segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A polêmica discussão sobre os bingos - 27/08/12 - 2012

LEGALIZAR OU NÃO?

Um assunto polêmico, desafiador e que gera controvérsias e repúdio por parte da maioria dos membros do Ministério Público e da Justiça. Por outro lado tem simpatia e defensores até mesmo dentro do judiciário e do meio político. Estamos falando dos Bingos. O fato é que tem políticos e membros da alta sociedade que constantemente atravessam a fronteira para jogar no Uruguai ou no Paraguai. Por mais que não defendem a legalização publicamente, costumam ganhar ou perder razoável quantia nesses cassinos.

A questão é que quando o assunto volta à tona, a hipocrisia e a mesmice acabam predominando. Os defensores ao combate aos bingos usam como argumentos a violência, a corrupção e a lavagem de dinheiro como a meta principal dessa "jogatina".

Só que eles se esquecem que os próprios bilhetes de loterias, seguros, drogas, câmbio, compra e venda de carro, também são uma forma de lavagem de dinheiro, segundo os especialistas no assunto.

Já os defensores da legalidade usam como argumentos, de que o setor atrairia investimentos de três bilhões de reais para colocar em funcionamento cerca de 1.500 casas de bingos no país. Esse cálculo leva em consideração a exigência prevista no projeto de Lei, de um capital de 1 milhão de reais. E que o faturamento bruto gerem cerca de 27 bilhões de reais.

Quanto às suspeitas de lavagem de dinheiro, a Associação Brasileira dos Bingos, defende a conexão online e em tempo real com Receita Federal e o Coaf, órgão subordinado ao Ministério da Fazenda.

Os bingos são uma atividade do mercado, praticada no mundo todo. Em países das três Américas, do Uruguai ao Canadá, Japão, China, Austrália e na União Européia, os bingos são conectados tecnologicamente aos órgãos públicos fiscalizadores.

Outro ponto apontado pelos defensores dos bingos é a geração de empregos e imposto que seriam arrecadados pelo governo. Como Imposto de Renda, CSLL, PIS, Confins e ISS.

Para o advogado e criminalista, Flávio Borges D Urso, é preciso abrir uma grande discussão e amplo debate nacional, envolvendo a sociedade e todos os segmentos interessados. O fechamento dos bingos não acabará com a jogatina no país. Não é o Estado por meio da Caixa Econômica Federal, que banca as loterias federais, a loteria esportiva e os jogos de acertos em números? Se o Estado pode bancar o jogo, porque a iniciativa privada não o pode devidamente regulamentada e fiscalizada?

Na esteira dos argumentos contrários os bingos, a questão da lavagem, ora, que se descubra o mapa da ilegalidade.

A história dos bingos

As formas mais antigas de sorteios de que se tem noticia são as loterias e o bingo. Já nos séculos Xlll e XlV a Itália efervescia com os jogos. Nesta época, o sistema de substituição dos membros da Câmara e do Senado, em Gênova, suscitou a aparição de um novo jogo, o bingo.

Em Gênova, existia o costume de se substituir periodicamente os membros da Câmara e do Senado através de sorteio. Os nomes dos membros eram colocados em bolas, que eram retiradas de uma urna. Daí improvisou-se um jogo depois levado para a França pelos exércitos de Carlos Vlll (1495). O jogo passou a ser brindado com prêmios a partir de 1539, com Francisco l.(atualizada após revisão)
Fonte: Caldeirão político por Cícero Henrique

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Total de visualizações de página