sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Gaúchos que gostam de jogar têm a opção de mais um cassino e hotel a poucas horas de Porto Alegre

Rivera Casino & Resort terá 20% de funcionários do Brasil. Estabelecimento será forte concorrente do Conrad Punta del Este
Foi inaugurado no último sábado o Rivera Casino & Resort, na fronteira do Uruguai com o Brasil, distante 500 quilômetros de Porto Alegre. O forte concorrente do Conrad, um dos maiores cassinos da América Latina, localizado em Punta del Este, vem com tudo para agradar principalmente o público brasileiro já que no Brasil os jogos de azar estão proibidos há 65 anos, levando cerca de 3 mil brasileiros a buscar esse tipo de entretenimento em países vizinhos (Argentina e Uruguai) e em Las Vegas (Estados Unidos) mensalmente, segundo a Abrabin (Associação Brasileira de Bingos). Cerca de 20% dos funcionários do local serão brasileiros.
Localizado no centro de Rivera junto ao setor de Dutty Free Shops e a poucos metros de Santana do Livramento (RS) o Rivera Casino & Resort levou dois anos para ser construído e teve investimento de 33 milhões de dólares.
Além do cassino e resort, o estabelecimento conta com spa, piscina, restaurantes, salão de eventos, teatro e sala de jogos infantil.
"Proibição de bingos comprometeu 13 mil empregos no Rio Grande do Sul"
Há 11 anos, o País se divide entre os que defendem e os que condenam os jogos de azar. E a batalha parece não ter fim. De um lado, os profissionais do setor que lamentam a perda de emprego e arrecadação de recursos que poderiam, inclusive, serem aplicados em áreas assistências públicas, como a saúde. No outro extremo, governo e políticos barram propostas, alegando supostas corrupção e lavagem de dinheiro nos estabelecimentos de jogos.
Os bingos foram proibidos em 2000, pela lei 9.981. Mas, através de brechas legais, as empresas do ramo tiveram prazo até 2003 para deixar o mercado. Em 2004, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou um ato que proibia de vez a atividade.
A medida comprometeu 250 mil empregos e de 6 a 8 bilhões de reais gerados pelo setor, segundo dados da Abrabin (Associação Brasileira de Bingos). No Rio Grande do Sul, 13 mil empregados foram afetados diretamente, conforme o presidente do Movimento dos Trabalhadores em Bingo do Estado, Affonso Arruda.
Desemprego
"Na época, um bingo de Porto Alegre sofreu fiscalização da Caixa Econômica Federal por 30 dias e não encontraram nada ilegal. Todos os empregados tinham carteira assinada, não houve um caso de declaração trabalhista de bingo nem de de corrupção, falcatrua, lavagem de dinheiro. É tudo suposição”, declara.
"Há oito anos, os trabalhadores vês sofrendo e não conseguem emprego por ter registrado na Carteira de trabalho que atuaram em bingo. Ficaram marcados e passam momentos difíceis devido à discriminação da própria sociedade. Assim, acabam recorrendo à  clandestinidade", completa Arruda.
A atividade dos bingos é regulamentada sob o controle estatal e com a participação da iniciativa provada em todos os países ocidentais, com exceção do Brasil e de Cuba.
Cobrança de tributos
O principal argumento em defesa da regulamentação é tirar os jogos da situação de clandestinidade, com proteção aos direitos dos consumidores de entretenimento e viabilizar a cobrança de tributos.
"O que queremos é igualdade com a Caixa. Só o governo legaliza jogos de azar de forma inóspita. Temos propostas interessantes, e eles sequer analisam. Isso nos revolta" desabafa Arruda, referindo-se à taxação de impostos sobre as casas de jogos e o direcionamento de parte do faturamento bruto das casas de bingos para setores públicos, como saúde, segurança e previdência social. (O Sul – Luana Lemke Guterres – Rio Grande do Sul)
fonte: BNL

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